sexta-feira, 30 de abril de 2010

Síndrome do Estádio Lotado


Quartas de final da Copa do Brasil, noite fria na cidade de São Paulo. Apesar do horário estúpido, a torcida se aglomerava frente ao Palestra, aguardando o jogo. Dentro dele, a festa estava quase perfeita: estádio praticamente lotado (menos o setor visitante e uma parte do tal Visa), torcida cantando sem parar, jogo que valia muito para nossas pretensões.

Mas daí é que surge o problema: toda vez que o Palestra se configura de tal forma, uma tragédia acontece, e nesta quinta, não parecia diferente. O Palmeiras atacava, atacava, mas não marcava. Pressão, pressão, pressão. Parecia aquele jogo que já vimos diversos, e que só não se tornou tal porque São Marcos estava em noite inspirada.

E não é que, já nos descontos, o juiz marca um penalty para o Palmeiras? Foi surreal, impossível de acreditar, porque desde quando um juiz não mete a mão na gente em casa? Certo que houve um penalty muito mais claro que este antes, uma mão na bola clamorosa, mas foi isso: bola na cal.

A respiração parou. O Ademir virou-se e disse que não comemora penalty, só o gol e, devido todo o histórico, com toda razão. Cleyton Xavier correu e, com calma, colocou no canto oposto do goleiro.

Após uns 5 segundos sem respirar e sem o coração bater, o estádio inteiro explodiu, catarse total!

Vencemos, e mais uma vez o Palmeiras mostra que é teste para cardíacos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O jogo que eu vi


O jogo que eu vi ontem foi bem parecido com o qual eu vi semana passada e muito diferente dos muitos últimos jogos que eu vi, desde o ano passado. Eu vi uma defesa muito bem postada, com dois zagueiros seguros, principalmente o Danilo, que não se deixou levar pelo circo que foi criado pela diretoria daquele time pequeno do Paraná e fez uma partida sem falhar. No meio, parece que após anos encontramos o parceiro ideal para o Pierre: Edinho. Com isso passamos dois jogos sem tomar sustos lá atrás e só tomamos um gol, porque o juiz cometeu um duplo roubo, não vendo uma mão na bola clamorosa e inventando um penalty daqueles que nem com boa vontade é encontrável.

O nosso maior problema continua sendo marcar gols. O cara das bolas paradas, o Cleyton Xavier continua fora, mas diferente do ano passado, temos um substituto a altura (pra mim, até melhor), que é o Lincoln. O camisa 99 melhora a cada jogo e vem se mostrando um líder e um 'resolvedor' de problemas, coisa que o tal do Diego Souza vem fazendo cada vez menos. Parece um jogador cansado, que já está vendido e só esperando pra ir embora. E no ataque temos o Robert. Bem, certo, faz muito tempo que não temos um centroavante que resolve, com ou sem nome, e eu prometi que não iria mais criticá-lo, mas ontem foi foda, não se bate um penalty com tamanha displicência.

Só passamos sufoco por dez minutos, entre o gol deles e o nosso, por mais que o trouxa do Neto tenha gorado o Palmeiras e o gagá do Luciano do Valle falasse merda, ganhamos. É o time ideal? Não. Foi uma grande partida? Não. Mas, perto do que o time vinha jogando, é claro que estamos numa crescente.

Mas claro, a crise nunca termina, diferentemente daquele time do Jardim Leonor, que vive numa paz eterna.