quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Maldito Futebol Moderno

Eu não ia escrever nada. Eu jurava isto para mim mesmo, pois eu não fazia idéia do que escrever. Não é exagero dizer que eu jamais saí de um estádio como saí ontem, nos meus 33 anos de vida, e olha que não foram poucas vezes que eu vi um jogo do concreto da arquibancada.

Era para ser um jogo de festa, uma vez que só precisávamos empatar em casa contra um adversário de menor expressão e recém rebaixado para a segunda divisão do Brasileiro. Era para ser um jogo de festa porque após este jogo, disputaríamos um título continental, que classificaria para Libertadores, e salvando uma década praticamente perdida. Era para ser um jogo de festa pois o Pacaembu estava lotado, colorido, barulhento, esperançoso. Mas não foi um jogo de festa porque esqueceram de avisar aos jogadores do Palmeiras isto.

Esqueceram de avisar o quanto esta torcida sofrida ama este time, o quanto ela vibra por ele e, principalmente, o quanto esta camisa verde é importante para aquelas pessoas, e para outras 15 milhões de pessoas. Esqueceram de avisar que, independentemente de quem use aquele uniforme, eles estarão lá para aplaudir e para apoiar, mas também esqueceram de avisar o quanto estes torcedores sofreram nas últimas décadas e qual o valor daquela conquista.

Se para aqueles jogadores esta conquista poderia valer alguns trocos a mais na já poupuda conta bancária e um pouco de status, para aqueles que estavam do lado de fora do campo, que pagaram para estar lá, aquela vitória valeria muito, valeria o resgate de uma década de humilhações, valeria alguns momentos de felicidade numa realidade sofrida, valeria a esperança de um 2011 melhor.

Só que eles não querem saber de nada disso, pois o futebol está morrendo, com a colaboração dos dirigentes e da imprensa. Se o futebol foi criado pela paixão, hoje está sendo convertido num business. Estes caras mudam de clube como mudam de carro, humilham os torcedores, tratam cada um dos homens, mulheres e crianças que frequentam os estádios como idiotas, descartáveis, quando não como inimigos. Esquece que quem pagam os seus salários, suas mansões e suas mulheres são aqueles que eles trata com desrespeito.

Eu estava num misto de raiva e indignação, mas acabei saindo do estádio em torpor, me segurando para não chorar ou perder a cabeça. Eu saí de lá humilhado pelos mesmos filhos da puta que eu ajudo a sustentar.

E o que eu queria mesmo era ter o poder de mandar tudo isto a merda e nunca mais me preocupar com 'homens' que menosprezam o meu sentimento, que dormem a noite toda um sono tranquilo, enquanto eu passo as horas acordado, recordando cada momento, como se, de tanto repetir as cenas, elas fossem mudar, o placar também, e eu pudesse comemorar a vitória.

Mas não, ano que vem estarei eu novamente torcendo por este time, pois é esta a minha rotina, há 26 anos, não importando as derrotas, as humilhações, a raiva. Pois o Palmeiras é muito maior do que um bando de covardes, e mesmo que estes covardes vistam mil anos a camisa do meu time, eu não vou desistir.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Faltam 3


Eu não vou ser repetitivo aqui e dizer as mesmas coisas dos posts anteriores, pois tudo que foi dito vale pra cá. O que importa que o resultado obtido em Goiânia foi ótimo e que faltam 3 jogos para o título. Certo, não é uma Libertadores mas, além de classificar para ela, é um título!

E um título continental, coisa que os gambás não têm.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O jogo do ano até agora


As últimas notícias dizem que já foram vendidos 31 mil ingressos para o jogão desta quarta-feira, no Pacaembu, onde vamos enfrentar o Atlético-MG no jogo de volta das quartas-de-final da Sulamericana. Mas é o que nos restou neste ano. Passando pelo Galo, teremos mais 4 jogos do ano para sermos campeões, um contra um time brasileiro (o ameaçado Avaí e o rebaixado Goiás) e a final contra um gringo.

Porém, como aquela história, um passo de cada vez a agora precisamos de uma vitória simples ou um empate sem gol para nos classificarmos. Teremos nosso time titular e descansado contra um mistão tenso do Atlético, que ainda não se livrou do perigo da queda no Brasileirão, então temos a obrigação de ganhar.

Eu pessoalmente tenho medo de jogos assim, pois o Palmeiras tem a fama de refugar nestes momentos, só que desta vez é diferente, por causa do cara que nós temos no banco: Felipão, o rei dos mata-matas e o melhor cara do Brasil de arrancar dos jogadores o que eles não têm nestes momentos.

Por isto mesmo, amanhã faremos uma festa maravilhosa no Pacaembu e eu estarei lá!