domingo, 20 de junho de 2010

A minha copa

Eu sou uma pessoa muito afável e sossegada. Sem ficar fazendo média, eu sou uma pessoa muito fácil de conviver, calma e sossegada, as vezes até demais. Mesmo em temas polêmicos eu evito ao máximo discutir, como religião, que eu tenho a minha, e política, que eu não acredito. Mesmo assuntos mais pessoais, como música, que eu adoro, eu não entro em discussão. Se falo com alguém que não tem o mesmo gosto musical que eu - o que é comum -, eu respeito, mesmo sem concordar.

Mas todo mundo tem o seu calcanhar de Aquiles, a sua exceção, e a minha chama-se futebol. Sobre este tema, eu mudo completamente meu comportamento: fico chato, pentelho, dono da verdade e não aceito opiniões em contrário da minha. Discuto, argumento, discordo, critico. Canso, irrito, incomodo. E tenho opiniões muito radicais com relação a isto. E é aí que entra a Copa.

Eu adoro a Copa do Mundo, se eu pudesse eu assistiria todos os jogos, assistiria as mesas redondas, leria as matérias, afinal é o evento máximo, as melhores seleções com muitos dos melhores jogadores. Vemos nos estádios torcidas apaixonadas, muitas as quais um simples gol é uma vitória histórica. Vemos nos olhos dos jogadores a paixão, a raiva, o sangue. Mas na tal 'Pátria de Futebol', é outra coisa completamente diferente.

No Brasil, a Copa do Mundo é um circo, é um carnaval que acontece de quatro em quatro anos, onde aquele monte de gente que nem sabe que uma bola é redonda vira fanático e expert. Pintam o rosto, compram uma camisa e aquele monte de badulaque ridículo e se reúnem na frente de uma televisão para torcer, enquanto fazem festa, comem, cantam musiquinhas patéticas. Pior são aqueles que se fantasiam, ficam fazendo piadinha. E pior ainda são aqueles que vão para a Copa mas nunca entraram num estádio na vida, e acham que estão num desfile de escolas de samba, tal a quantidade tranqueira que ornamentam.

Porra, tudo isso é a antítese do futebol! Futebol é um esporte, não um circo! Não é festa, confraternização, desfile de máscaras. Não é para ser visto enquanto se come churrasco. Não é para se torcer a cada quatro anos. É uma batalha, uma disputa, onde o importante é sair vencedor. Se futebol é para ser chamado de circo, então é o circo romano, onde o gladiador luta contra o leão e apenas um sai vivo.

Com tudo isso, eu não tenho o mínimo tesão de torcer para o Brasil na Copa do Mundo. Eu assisti este jogo contra Costa do Marfim sozinho em casa, porque estou ainda zoado, mas eu cheguei a cochilar nos primeiros 15 minutos. E assisti como eu assisto um jogo de futebol interessante, como todos os outros jogos da Copa, sem demonstrar nenhuma emoção ou vibração. Assisti como assisto um jogo em que eu não torço para nenhuma das equipes.

Então, quando eu assisto um jogo do Brasil na Copa em grupo - até porque eu tento ao máximo não ser um cuzão anti-social -, eu procuro me manter o mais quieto possível e não emitir muitos comentário, para não estragar a festa dos outros. Mas não me peça pra assoprar uma vuvuzela.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ele está de volta...

...e com ele os tempos de glória, pois este homem acima tem a CARA DO PALMEIRAS.

E não vai parar por aí, mais ainda acontecerá, para dor de cotovelo e desespero de gambás, bambis, sardinhas, cariocas falidos e, principalmente, impren$inha cancerosa e maldita!!!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Gladiador voltou. E este blog também

Foto do Seo Cruz

Eu tinha falado que somente voltaria a escrever neste blog quando a diretoria do Palmeiras tomasse alguma atitude condizente com a grandeza da nossa história. E agora eu sou obrigado (com todo gosto) a admitir que isto foi feito não apenas pela contratação do Kleber, mas pela forma como ele foi apresentado.

Criticamos muito a diretoria quando ela merece, mas as vezes precisamos elogiar. Usaram a apresentação do Gladiador como uma ótima estratégia de marketing, ocupando espaço privilegiado em todos os meios de imprensa, mas também serviu para devolver uma parte da auto estima ao torcedor palmeirense, que andava tanto em baixa. É ótimo ver o Palmeiras ocupar as manchetes com coisas positivas, como a contratação de um dos jogadores mais desejados do Brasil, e não com brigas e crises.

A impressão que temos é que as coisas estão novamente se encaminhado para a direção certa. Paramos de contratar qualquer vagabundo que nos fosse oferecido e fomos atrás dos verdadeiros ídolos, daqueles que já vestiram o manto alviverde com amor e com entrega. Acredito que daqui pra frente as coisas vão melhorar e os babacas de fora que tanto humilhavam o Palmeiras vão ter que se colocar nos seus lugares: quietinhos e batendo palmas para o campeão do século XX.