O que esperar

A ressaca da eliminação da Libertadores já passou. Na verdade, restou apenas a ressaca moral, a pior de todas, e ela não é proveniente do jogo em si pois, ao contrário dos bambis, perdemos jogando pra frente, com vontade, mas a merda que é que não perdemos dentro da quatro linhas, perdemos no banco de reserva, e o culpado é um senhor de terno, já devidamente achincalhado pela nossa torcida.

O jogo contra o Atlético já mostrou um outro time, com mais pegada. O Obina, tão criticado pela forma que chegou (e pelo custo) mostrou vontade, levando a crer que pode cair nas graças da torcida, pois o que queremos aqui é vontade de vestir o manto. Falhas são aceitáveis, omissões não.

Não sei o que será daqui pra frente. Está claro que o sr. Luxemburgo está longe de ser uma unanimidade entre a diretoria (nem falo entre a torcida) e que vai ter que se adaptar às regras, mas não sei se ele sabe jogar por elas. O time é bom, nada demais, mas bem melhor do que muitos que vimos em anos anteriores, dá para fazer uma boa campanha.

Só que agosto está aí, e este senhor parece que tem prazer em forçar a saída (ou não se esforçar para manter) de jogadores com os quais a torcida se identifica, como foi com o Valdívia, o Kléber e agora parece ser o Ortigoza (com o Lenny machucado, quem seria o outro reserva? Será que nosso maneger já tem outro 'medalhão' do seu esquema encomendado?). Com isso eu temo que o Diego Souza pode ser o próximo. Ele só não dispensa o Marcos porque se fizesse era linchado na saída do CT, mas mesmo assim não perde uma chance de esculhambar nosso santo.

Não vejo dias nebuloso, mas também não vejo dias de sol, pois nosso menager não conseguiu, em quase dois anos, dar o que prometia: uma base e títulos. Então, não será em seis meses que conseguirá.