Quartas de final da Copa do Brasil, noite fria na cidade de São Paulo. Apesar do horário estúpido, a torcida se aglomerava frente ao Palestra, aguardando o jogo. Dentro dele, a festa estava quase perfeita: estádio praticamente lotado (menos o setor visitante e uma parte do tal Visa), torcida cantando sem parar, jogo que valia muito para nossas pretensões.
Mas daí é que surge o problema: toda vez que o Palestra se configura de tal forma, uma tragédia acontece, e nesta quinta, não parecia diferente. O Palmeiras atacava, atacava, mas não marcava. Pressão, pressão, pressão. Parecia aquele jogo que já vimos diversos, e que só não se tornou tal porque São Marcos estava em noite inspirada.
E não é que, já nos descontos, o juiz marca um penalty para o Palmeiras? Foi surreal, impossível de acreditar, porque desde quando um juiz não mete a mão na gente em casa? Certo que houve um penalty muito mais claro que este antes, uma mão na bola clamorosa, mas foi isso: bola na cal.
A respiração parou. O Ademir virou-se e disse que não comemora penalty, só o gol e, devido todo o histórico, com toda razão. Cleyton Xavier correu e, com calma, colocou no canto oposto do goleiro.
Após uns 5 segundos sem respirar e sem o coração bater, o estádio inteiro explodiu, catarse total!
Vencemos, e mais uma vez o Palmeiras mostra que é teste para cardíacos.
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