sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meu primeiro Derby



O que é um Palmeiras e Corinthians? É o maior clássico do Futebol (sim, com F maiúsculo, o Futebol de verdade, não essa coisa 'soccerizada' que querem criar agora). Desde criança eu aprendi a odiar e temer aquela camisa branca com o despertador no peito, pois eles eram os nossos maiores rivais. Os bambis? Eram um time que ganhavam uns títulos, mas que era irrelevante em tradição. Desde cedo meu pai me ensinou: nosso rival é o Curíntia.

E cada jogo contra eles era uma tensão, era um evento. Eu, criança, morando no interior e que raramente ia ao estádio, via o panetone lotado de bandeiras verdes, brancas e negras e achava aquilo o máximo. Toda aquela emoção, aquela sensação. Eram dias sem dormir, antes e depois do jogo.

O tempo passou e eu comecei a entender mais do futebol, e perceber quais eram os atores daquele jogo: o Santos era aquele coadjuvante de que tempos em tempos aparecia, enchia o saco e desaparecia. O São Paulo era uma coisa a parte, ganhava os títulos mas só causava sensações ruins, nada perto do temor-reverência, e sim algo incômodo. E o Corinthians, bem, este era o rival.

Como esquecer o título de 1993, o Brasileiro de 1994, as Libertadores de 1999 e 2000. É o grande jogo do Futebol, o seu momento máximo, o headliner deste espetáculo.

E neste domingo, pela primeira vez estarei num estádio vendo o Derby, e espero que saia de lá com mais uma boa lembrança.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Inveja Mata

Depois de Kléber e Felipão...



Ídolos, craques, identificados com a torcida palmeirense e contratados sem termos que vender a alma para tanto. E isto causa inveja aos rivais e à impren$inha.

Bem, o choro é livre... e um enorme CHUPA pra quem falou que o Palmeiras estava se apequenando!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mudou tudo

Sim, mudou tudo, e para quem foi aos estádio nesta quinta-feira, isto foi perceptível. Os jogadores se dedicaram mais, apesar do campo molhado, a moral parecia mais elevada e coisas que não andavam acontecendo, acontecerem. Em outras épocas, a bola do Éwerton jamais entraria, a do Tinga, com certeza teria direção certa, bateria no zagueiro e iria pra fora e a espanada do Vítor cairia dentro do gol.

Mas não, nada disso aconteceu, porque aquele senhor careca de bigode que estava nas tribunas é muito mais do que simplesmente o maior treinador brasileiro, é um cara que motiva o grupo e tem uma estrela do tamanho do mundo. Ele faz a auto estima dos jogadores atingir um nível em que as coisas passam a dar certo, na maioria das vezes. Sim, claro, todas as suas conquistas são apertadas, mas é assim que funciona. É com emoção, com sofrimento, mas elas chegam.

E mudou também o torcedor. O semblante de cada palmeirense naquela noite fria e molhada era diferente daquele que habituamos a ver este ano no Palestra Itália. Era um semblante esperançoso, mas também feliz, por poder reencontrar aquele que foi um dos maiores ídolos dos últimos muitos anos, era uma sensação de retorno à nossa casa daquele que se mudou, mas que na verdade nunca saiu de lá.

Bem vindo, Felipão, a casa é tua!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eu não ia escrever nada, mas....

A Copa acabou para a gente de uma forma que não gostaríamos, e eu relutei ao máximo de escrever algo neste blog sobre isso, até porque aqui não é um blog sobre futebol, e sim sobre o Palmeiras. E como esta seleção não tem nenhum jogador nem ex-jogador do Palmeiras, aparentemente eu não teria motivo algum para torcer por ela, mas algumas coisas nela acabaram me conquistando. E o principal foi o espírito de entrega que vimos.

Eu realmente cansei de um bando de mercenários apáticos vestindo a camisa do Brasil, e desta vez foi um pouco diferente, até pelo estilo do seu técnico, que nunca foi conhecido por ser um grande jogador, mas sim um jogador de incrível raça.

Só que o Dunga perdeu o limite, mas o maior culpado não foi ele, e sim a imprensa e todo mundo que criticou a esbórnia e a putaria que era 2006, tanto por parte dos jogadores como por parte do tratamento dado para a Globo. E daí o Dunga apelou.

Regime de concentração, imprensa longe da seleção, jogadores que rezavam da sua cartilha e que jogavam pelo time, não por interesses particulares e vaidades. O Dunga levou um grupo limitado para o Copa? Sim, mas daí eu penso? Levar quem?

O Kaká foi baleado, e para a reserva dele pediram um moleque que, apesar de parecer ter futuro, jogou apenas por 3 meses, muito pouco pra merecer ir pra uma Copa. Lembrem-se que ano passado, o Diego Souza esta destruindo tudo e hoje, é um renegado, que ninguém quis e acabou indo parar no decadente Atlético Mineiro. Outros jogadores até poderiam ir, mas o Diego nunca vingou e o Alex nunca teve chances.

Isto foram alguns exemplos, mas se encaixa em tudo para provar que temos uma geração ridícula! Os três melhores jogadores da copa estão acima dos trinta anos: Lúcio, Juan e Maicon. O Júlio César, apesar de uma Copa fraca, também está nesta faixa. Abaixo dos trinta, o único jogador que foi bem e regular foi o Elano, que se machucou logo no começo. Robinho, Luis Fabiano, Kaká, Daniel Alves, entre outros, revezaram poucos momentos de criatividade com muitos momentos de extrema apatia. O Gilberto Silva dava pra esquecer que foi pra Copa e o Felipe Melo é um caso a parte.

É óbvio que ele não tem futebol para estar numa Copa, mas quando se convocam Josué e Kléberson, o que se pode falar? Eu vejo futuro para ele, acho que é um jogador que se aprender a se controlar, pode jogar muito mais do que isso, mas é estourado e mete porrada. Porém, não é apático, e isso pra mim conta pontos. Por isso que eu não aceito quando o culpam pela derrota. Muito mais culpado é nosso trio de 'craques' que se omitiu 90% da Copa.

A caminhada pra 2014 é longa, principalmente porque não participar de uma eliminatórias é um péssimo negócio para a preparação de um time, mas acho que temos que achar o meio termo entre a putaria de 2006 e a rigidez de 2010. Mas deixem o Felipão em paz!!!