segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Inversão de valores

Quando abre a janela, começa a discussão sobre a venda dos jogadores. É um fato que hoje os clubes não são mais donos dos jogadores, que um moleque com 12 anos já tem três empresários e o ‘passe’ dele está retalhado em 45 partes. Mas o que a gente é obrigado a ouvir dos que se dizem jornalistas esportivos é uma palhaçada.

O Flávio Prado de esforça para ser o mais patético de todos. Primeiro, ele fala que pessoas decentes não devem ir ao estádio, e depois que todos os clubes são dirigidos por bandidos, que os jogadores são vítimas dos clubes e que os empresários estão sempre certos. Eu me pergunto, falando este monte de merda, o que este idiota fica fazendo na TV? Se ele odeia tanto o futebol por que não vai ser jornalista de moda ou qualquer outra coisa assim, pois se todos começarem a fazer o que ele prega, o futebol acaba em alguns meses.

Eu não consigo engolir esta história de Lei Pelé e que os jogadores são escravos do clube, toda essa baboseira. Esta coisa de independência financeira é coisa para boi dormir. Qualquer pessoa hoje estuda quinze anos, investe uma fortuna na sua formação e, na maioria da vezes, consegue um salário que no máximo chega a R$ 5mil bruto. Jogadores de futebol, sem qualquer qualificação profissional, recebem no início de carreira salários de R$20mil ou mais, sempre bruto, pois ‘ignoram’ a existência de impostos. Pior ainda é quando você ouve carinha recebendo R$80mil e dizendo que é pouco, que precisa ganhar mais, essas coisas, por isto vai pro exterior.

É uma grande palhaçada, uma afronta à população brasileira, que se mata por um salário mínimo. É ganância, é rir da cara dos brasileiros, principalmente dos torcedores, que são duplamente humilhados por essas pessoas. Se o Flávio Prado diz que a grande maioria dos dirigentes é ladrão, então eu digo que a grande maioria dos jogadores é sim mercenária e gananciosa. Essa coisa de chorar, de bater no peito, beijar o símbolo, é mentira!

Eu amo o futebol, mas parte de mim adoraria que ele desaparece, para ver o que jornalistas esportivos e jogadores iriam fazer da suas vidas, sem os clubes! Jogadores são importantes, mas os clubes são infinitamente mais. E a grande maioria dos jornalistas esportivos são imbecis. Se dizem que os jornalistas musicais são músicos frustrados, os esportivos são simplesmente frustrados.

Mas como futebol é paixão, esse monte de merda pode acontecer, mas a gente não consegue abandoná-lo, pois os clubes e o futebol em si é maior do que qualquer outra coisa. Ainda bem.