quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E na casa das meninas homofóbicas

Hoje a matéria da capa daquele jornaleco foi uma entrevista com o Ricky. O tal do Richarlyson Felisbinoue é motivo de piadinhas de todos (inclusive deste que vos escreve) pelo seu jeito. Mas a questão é muito simples: o cara é homossexual assumido, o primeiro jogador brasileiro a tomar tal atitude.

Certo, muitos vão dizer que ele nunca chegou e disse: "sou homossexual", mas isso não se deu até hoje porque a diretoria do São Paulo, aquela que é admirada por todos como a diretoria mais moderna do Brasil, a perfeita, a blindada pela impren$a não deixa. Quem frequenta ou conhece alguém que frequenta as baladas gays de São Paulo sabe que ele está lá todo final de semana, cercado de meninos. Quem o vê jogando, andando ou falando tem certeza disso, ele demonstra ser e não esconde de ninguém. Mas, repetindo a pergunta, por que ele não assume?

Esse preconceito ainda existe, mas é cada vez menos, muito menos nesta cidade. Os homossexuais estão em todos os lugares, não se escondem mais e têm orgulho do que são. E eles estão em todas as classes sociais e profissionais. Consequentemente, estão no futebol. Alias, sempre estiveram no futebol, hipócrita é quem não admite isso.

Então, neste caso, porque o clube mais moderno do país não aproveitou uma chance dessas, de ser o pioneiro em assumir que em seu plantel tem um jogador homossexual? Porque esse pseudo-modernismo barrou num reacionarismo sem limites. A diretoria do J.J.Scotch e do anão de jardim mostrou a mentalidade medíocre deles ao proibir (sim, proibir) o Richarlyson de se assumir gay no episódio do Cyrillo apenas ajudou a tornar a situação insustentável. Se ele se assumisse, em dias tudo seria esquecido, mas com esse teatro mal feito, o assunto nunca desapareceu.

E não é só, a torcida das meninas ainda se recusa a cantar o nome do jogador, mesmo sendo ele um dos que mais demonstra raça e amor a camisa, dentre um bando de desalmados (no sentido literal mesmo) e frouxos. Isso tudo só demonstra a homofobia daquela torcida modinha. Porra, se um jogador do Palmeiras se assumir gay, mas em campo honrar o manto verde, foda-se a opção sexual dele, eu vou gritar o nome do cara e ele vai ser meu ídolo.

Mas, todo homofóbico na verdade é um viado enrustido e com medo de experimentar e gostar, então, está explicado. Porque pouco me importa de o cara come uma modelo ou dá o rabo, quem vai comer não sou eu mesmo.

4 comentários:

Pai da Princesa disse...

Texto polêmico!

Monica disse...

Menino, tudo a ver esse post!
Acho tão absurda essa estória homofóbica! Não dá nem para acreditar que em 2009 as ofensas tenham que ser sobre a opção sexual de alguém... o cara é o único jogador daquele timeco fdp que demosntra alguma raça. O que ele devia fazer mesmo era gritar bem alto que ele é gay calar a diretoria, torcida do spfw, inclusive as rivais que acreditam que ofensa máxima e apontar preferencia sexual. Enfim, esse assunto já estava na cabeça por algum tempo, vi seu post e não tinha como não comentar! É isso ai!
Beijo
Monica

Lari disse...

Parabéns pelo post. E que a verdade seja dita e a justiça seja feita!
Beijo

Irineu Curtulo disse...

Boa tarde!
Todos os dias as "Carroças de Comunicação" lançam manchetes e matérias provocando e tentando desestabilizar o NAÇÃO PALMEIRENSE. Muitos Blogs da Mídia Palestrina nos mostram estes péssimos jornalistas. Muitos Blogs da Mídia Palestrina fazem até campanha pra que não participemos dessas "Carroças de Comunicação". Essa é uma perseguição eterna. Está na hora de fazermos algo concreto pra combater esse absurdo. Gostaria de lhe sugerir o seguinte: confeccione um dossiê das manchetes sobre o Palmeiras, em 2009, e junto a esse documento crie um abaixo-assinado digital. Nós assinaremos tal documento e o enviaremos à Diretoria. Contate as organizadas pra que junto a entrega desse documento à Diretoria façam um protesto no Palestra com faixas alusivas a esse dossiê. Sei lá, é só uma idéia (gosto da ortografia que assassinaram).
Irineu Curtulo