O Palmeiras estava entrando em ‘crise’, afinal tínhamos perdido um jogo (era contra o atual campeão da Libertadores, na altitude, num estádio onde eles não perdiam há muito) e empatado outro, deixando de ser 100% no Paulista, o que era inadmissível, dando ‘claros sinais’ de que o time era um ‘cavalo paraguaio’, que não tinha condições de ir longe mesmo, igual todos falaram antes da temporada efetivamente comentar.
Agora que a modo ironia foi desligado, o primeiro tempo do jogo contra o São Caetano foi algo que eu não via há muito tempo. Com menos de 10 minutos estávamos perdendo de 2x0, num campo pesado e com o time travado. Daí, quando todos esperavam que a molecada tremesse, esse time mostrou do que é capaz.
Quatro gols, uma virada espetacular. A mistura perfeita entre raça (18 desarmes só no primeiro tempo) e técnica, vontade e categoria. A defesa ainda falha, principalmente porque o Marcão acabou de chegar, porém há de se destacar a raça deste jogador. Não existe bola perdida. Junto com o Edmilson, devem dar a segurança e a tranqüilidade que a garotada precisa. E, por falar em Edmilson, está ficando comum os seus gols de cabeça.
Por falar em gols de cabeça, é incrível como o Cleiton Xavier consegue por a bola onde ele quer, nos escanteios e faltas, além das assistências e mais dois gols do Keirrison, que é uma máquina de fazer gols.
No segundo tempo o time tirou o pé e diminuiu o ritmo, afinal não tinha como manter aquela velocidade, tanto o Palmeiras quanto o São Caetano. E o que importa foram os 3 pontos, nos mantendo lá em cima, que é onde merecemos estar, sempre.
Agora, é preciso dizer: o Diego Souza finalmente está encontrando o seu verdadeiro futebol, que é muito bom. É incrível a habilidade que esse cara tem, a jogada de linha de fundo dele, na metade do segundo tempo, é de quem sabe o que faz com a bola. E o melhor é que não é um jogador habilidoso, mas frouxo. Ele tem raça, vontade, disposição, briga pela bola, não tem medo de cara feia. Está sendo bom a paciência que o Luxemburgo teve com ele, assim como ocorreu com o Lenny. É, o Luxemburgo 2009 é o que conhecemos, o mesmo do biênio 1993-1994 e o de 1996.