20 de Dezembro de 2019, começa a folga de verão da Liga de Futebol Brasileiro, com o final do seu primeiro turno. O campeonato disputado por 25 equipes e agora unificado com o calendário europeu é o que podemos chamar de sucesso. A classificação é a seguinte:
1. Raposas de Uberlândia
Grêmio de Porto Alegre
3. Palmeiras de São Paulo
4. Flamengo do Rio de Janeiro
5. Atlético de Belo Horizonte
Tricolores de Brasília
7. Internacional de Porto Alegre
8. Botafogo de Juiz de Fora
Corinthians de São Paulo
Peixes de Santos
11. Abelhas de Ribeirão Preto
12. Vasco da Gama do Rio de Janeiro
Fluminense de Niterói
Atlético de Curitiba
15. Verdes de Goiás
Ponte Bugre de Campinas
17. Avaí de Florianópolis
18. Santo Sport Capibaribe de Recife
19. Clube Amazonino de Manaus
20. Azulão de Campo Grande
21. Leão de Fortaleza
22. Barcelona do Rio de Janeiro
23. Red Bull de Curitiba
24. Vitória de Salvador
25. Remo de Belém
Este está sendo o melhor campeonato da nova liga, criada há três anos atrás, quando a CBF, em um acordo com os clubes, forçou a mudança total da legislação desportiva brasileira, determinando que todas as equipes de futebol se tornassem empresas. Como houve muita reclamação e contestação, principalmente das equipes menores, Dom Ricardo Teixeira, o proprietário da Liga e dono do futebol brasileiro criou a Liga, com 25 vagas para clubes e determinou que, quem não fosse parte da liga, seria desprofissionalizado, sendo que estes não poderiam jogar partidas oficiais no Brasil e no Exterior e seus jogadores não poderiam jogar pela Seleção.
Com isso, abriu-se um verdadeiro leilão para as 25 vagas. A prioridade seriam para os clubes que tinham disputado no ano anterior o Campeonato Brasileiro da Série A, mas para tanto, teriam que cumprir uma série de exigências e fazer um 'depósito' para garantir a vaga. Outra exigência foi que o clube se tornasse uma empresa, um franquia, e que a vaga seria da empresa, não do clube, o que permitiu, num primeiro momento, a migração de equipes pra outras cidades, por motivos econômicos.
O Cruzeiro foi seduzido por uma proposta de fazendeiros mineiros, que queriam uma equipe forte no triângulo mineiro e, com isso, se mudou para a cidade de Uberlândia, da qual ganhou um estádio totalmente reformado, mudando o nome para Raposas.
O São Paulo também seguiu o mesmo passo, mudando-se para Brasília, depois que o empresário Luis Estevão não conseguiu uma vaga pra o seu Brasiliense. Com isso, o Estádio Mané Garrincha, construído especialmente para a Copa, passou para a equipe dos Tricolores de Brasília (já que não era lógico manter o nome São Paulo), especialmente depois que o antigo Morumbi foi demolido, após o desabamento parcial de suas arquibancadas em 2011.
Outros clubes que mudaram de cidade foi o Botafogo, que se transferiu para Juiz de Fora, a mais carioca cidade mineira; as Abelhas, que depois de Barueri, foram para Presidente Prudente mas, com a extinção das Federações Estaduais, não conseguiu manter a equipe, que se transferiu para Ribeirão Preto; o Azulão, que trocou São Caetano por Campo Grande, que precisava de uma equipe para que o estádio construído para a Copa não ficasse abandonado e o Fluminense, que foi para Niterói.
Algumas equipes deixaram a rivalidade para trás, para não deixarem a cidade sem representantes, como a Ponte Bugre de Campinas, agora tricolor, e o Santo Sport Capibaribe de Recife (o SSC).
Novas equipes surgiram, como o Red Bull de Curitiba, que comprou a vaga do Coxa, numa operação estranha, que despertou a fúria dos seus torcedores, porque houve a mudança do nome e das cores da equipe, mas, depois de uma batalha campal que quase destruiu o Red Bull Arena (antigo Couto Pereira) e que deixou 35 mortos, entre torcedores e policiais, as partes entraram em acordo.
Já o Clube Atlético Amazonino e o Barcelona do Rio de Janeiro, foram equipes que começaram do zero. O primeiro foi montado por empresários em parceria com Dom Ricardo Teixeira (que, dizem, é seu sócio majoritário oculto), que queriam uma equipe na região amazônica. Já o segundo, aproveitando o vácuo deixado pela saída de duas equipes da capital Carioca, e que o Estádio do Engenhão estava abandonado, foi uma aposta da equipe espanhola do Barcelona, que resolveu montar filiais de sua equipe em todo o mundo e, para eles, nada melhor do que começar com o país do futebol.
Como os clubes passaram a ser franquias, a história de passe, Lei Pelé e tal tornou-se obsoleta e desnecessária, pois os jogadores passaram a ser vendidos quando uma boa proposta surgisse. Afinal, o que importa é o dinheiro, não os títulos, pois futebol é um negócio, não uma paixão, como já disseram três proprietários de equipes.
O que eles não dizem é que, com a extinção de todos os outros campeonatos e a desprofissionalização dos outros clubes, está cada vez mais difícil contratar bons e novos jogadores. Os mais pessimistas dizem que o futebol brasileiro desaparece daqui 5 a 10 anos, mas a Imprensa Oficial Desportiva, empresa oficial de divulgação das notícias sobre o futebol brasileiro, por meio de seu diretor, Juca Kfoury, disse que não passa de chororô daqueles que pararam de mamar nas tetas do futebol, e que o mesmo nunca esteve tão bem, e que o fato da Seleção não ter se classificado para a copa de 2018 foi um mero detalhe, pois ainda era um período de transição.
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